O Conselho Nacional de Educação, vinculado ao MEC, está sugerindo às redes públicas de ensino que implementem o 4º ano do ensino médio com matrícula opcional para os estudantes, como uma estratégia para a recuperação de aprendizado no Brasil após a pandemia de Covid-19. Essa recomendação foi feita durante a pandemia e está sendo retomada neste ano. A nova série até chegou a ser oferecida aos alunos da rede estadual de São Paulo em 2021 e 2022 no intuito de mitigar as perdas causadas pelo fechamento prolongado das escolas, mas esbarrou em problemas de falta de estrutura e de planejamento e acabou sendo extinguida.
Outra diretriz da pandemia que será reforçada às redes é a do currículo contínuo, onde o conteúdo de uma série deve ser ensinado mesmo que os alunos passem para a série seguinte, com o objetivo de recompor os déficits de aprendizado ao longo da vida escolar.
A criação do 4º ano do ensino médio poderia ampliar a possibilidade de recuperação e preparar melhor os alunos para o Enem, outros vestibulares e o mercado de trabalho. No entanto, criar uma série escolar exige mais investimento, algo fora do alcance da maioria das redes públicas de educação no país.
Embora a criação do 4º ano do ensino médio seja uma estratégia que possa auxiliar na recuperação de aprendizado após a pandemia, é importante considerar a realidade dos alunos e investir em outras formas de recuperação, como o reforço contínuo e o controle da frequência escolar.